O FASCÍNIO DO EFÉMERO
Gasta-se em desabafos a verdade
em cúmplices engodos se deslaça
a vida entre a loucura e a sanidade
sempre no tempo a passar é qu'embaraça
Conservar as memórias? Vã cruzada!
Beleza reter? Ambição perdida.
O interesse em seguir a nossa estrada
existe, porque a morte é o fim da vida
Vejo o tempo a correr, monotonia...
na ausência de ilusão, de fantasia,
na aridez de instantes em declínio
O estável, duradouro, para quê?
Só nos surpreende o que não se prevê
e só no que é fugaz dura o fascínio.
quinta-feira, 18 de março de 2010
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