segunda-feira, 26 de julho de 2010

FOGO

Oh, labaredas sinistras
Oh, fogo de cada ano
quanto mais verdes conquistas
maior é o nosso dano

Lambes florestas inteiras
em vento endemoninhado
causas tristeza, canseiras,
a tanto povo ignorado

E tudo cobres de negro
sem remorsos nem pudor
destróis sem qualquer apego
lares que foram de amor

E até vidas humanas
tu levas em rodopio
nas cavalgadas insanas
de ventos em desafio

Fogo cruel, assassino,
ávido de destruição
arrasas num desatino
tanta vida e ganha pão

Mas mais terrível ainda
é o ser humano estar
em calamidade infinda
na malvadez a vingar

Sem comentários: