Pousei em estrelas, vesti-me de luar
gritando o meu amor aos quatro ventos
papagaio solto em cores, pelo ar,
ocultando seus gritos e lamentos
Tive por companhia a minha mágoa
a noite escura foi minha guarida
tantas vezes meus olhos rasos de água
aninharam a minha dor esquecida
Cantei a emoção em tom de verso
deixei meu pensamento assim disperso
voando porta a porta, rua a rua
Mostrei meu coração a toda a gente
e solucei ao ver quão indiferente
é ao mundo eu ter ficado nua.
domingo, 8 de agosto de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Amiga Anabriz,
É que uma poeta nunca fica nua. Veste-se sempre com a capa da poesia, da imaginação. O poeta embora possa não mentir, nunca fala verdade, pois oculta-a sob o manto diáfano da fantasia. A realidade tem arestas rugas, espinhos, mas o poeta descreve os horrores, falando de formas boleadas, superfícies buriladas, cores de jardim de primavera, alvoradas de esperança, ocasos celestiais, etc.
Daí que a nossa poetisa fale da sua nudez e ninguém dela se aperceba.
Um belo poema, que me leva a lamentar não ver este blog mais recheado de pérolas como esta.
Beijos
João
Do Miradouro
Meu Deus ! Ao que chegámos!!!
Uma senhora a manter a nudez em primeiro plano com esta visibilidade toda, há mais de três semanas!!! Sem um trapinho a cobrir, a tapar, a colocar por cima!!!
Que vergonha...
Nem me atrevo a enviar um beijinho, por poder ser uma centelha que incendeie a paisagem carnal !!!
Cumprimentos
João
Do Miradouro
Enviar um comentário