Já nada sei dizer que valha a pena
o meu ardor de tão silenciado
deixou fugir assim o meu poema
num cântico de amor assaz magoado
Há um jardim de flores já ressequidas
onde perpassa uma bruma hesitante
murmúrios de palavras esquecidas
pertença do meu coração errante
O que farei de mim sem a poesia
despida de ilusão, de fantasia,
o meu sonho perdido, esventrado?
Serei alguém envelhecida e triste
alguém que se não ama e assim desiste
na ausência dum poema lado a lado
quinta-feira, 22 de julho de 2010
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1 comentário:
Querida Amiga,
A liberdade poética leva a analisar em profundidade os sentimentos humanos. É preciso uma pessoa amar-se, porque é esse amor que serve de referência ao amor dedicado aos outros. Não esquecer «amai os outros como a vós próprios». Quem não se ama não pode amar os outros. E o poeta tem que alimentar a sua auto-estima em todo o momento. A Briz tem motivos para esse reforço permanente.
Beijos
João
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