domingo, 5 de junho de 2011

OBVIAMENTE. DEMITO-ME

OBVIAMENTE, DEMITO-ME


Sócrates lá apareceu
Com discurso programado
Dizendo o que aconteceu:
“O PS foi tramado”

Pôs algum povo a chorar
Pela sua demissão
Apoiantes a vibrar
Com a dor no coração

Actor perfeito e audaz
No ecrã da televisão
Conseguindo ser capaz
De agarrar a multidão

Tanto tempo de antena
Teve este demissionário
Que parecia ser apenas
O elo prioritário

Falou, falou e suou
Interrompido por palmas
E a mensagem lá deixou
Para suas amantes almas

Qual campanha eleitoral
Gabou-se ainda contente
De deixar em Portugal
O sufoco a tanta gente

Vou fazer as minhas “figas”
Não vá ele ainda surgir
Pela mão de almas amigas
De novo ao povo a mentir

Foi meu alvo preferido
De crítica tão feroz
Que por tempo indefinido
Calarei a minha voz

Tal como ele, demito-me,
Por um tempo ilimitado
E à poesia me dedico
De tom mais suavizado.