OBVIAMENTE, DEMITO-ME
Sócrates lá apareceu
Com discurso programado
Dizendo o que aconteceu:
“O PS foi tramado”
Pôs algum povo a chorar
Pela sua demissão
Apoiantes a vibrar
Com a dor no coração
Actor perfeito e audaz
No ecrã da televisão
Conseguindo ser capaz
De agarrar a multidão
Tanto tempo de antena
Teve este demissionário
Que parecia ser apenas
O elo prioritário
Falou, falou e suou
Interrompido por palmas
E a mensagem lá deixou
Para suas amantes almas
Qual campanha eleitoral
Gabou-se ainda contente
De deixar em Portugal
O sufoco a tanta gente
Vou fazer as minhas “figas”
Não vá ele ainda surgir
Pela mão de almas amigas
De novo ao povo a mentir
Foi meu alvo preferido
De crítica tão feroz
Que por tempo indefinido
Calarei a minha voz
Tal como ele, demito-me,
Por um tempo ilimitado
E à poesia me dedico
De tom mais suavizado.
domingo, 5 de junho de 2011
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