segunda-feira, 4 de julho de 2011

Contra os "canhões" marchar, marchar

CONTRA OS “CANHÕES” MARCHAR, MARCHAR

Vamos todos embarcar nas caravelas

Que outrora nos rasgaram o futuro

Sabendo que nos esperam as procelas

Dum caminho longo e muito duro



Ergamos a bandeira da esperança

No mastro mais alto, pra ser vista,

Só assim a vitória se alcança

Só assim o respeito se conquista



Ventos adversos iremos encontrar

Num mar picado por ondas revoltas

Mas juntos empenhados a lutar

Navegaremos sem quaisquer escoltas



Trabalhando cantemos nosso Fado

Enquanto na faina o suor correr

Em prol do nosso Portugal amado

Que não devemos nem queremos perder



Temos ao leme gente destemida

Velas içadas a clamar audácia

E vamos poder levar de vencida

Maus agoiros, desalentos, a falácia



É uma tarefa de gigantes

Que irá mobilizar a nossa gente

Somos um país de navegantes

Somos um país de sangue ardente



Nenhum Adamastor nos mete medo

Quando “engenho e arte” é português

Reside em nós intemporal segredo:

Assombraremos o mundo uma outra vez.

Contra os“TROIKÕES” marchar, marchar.

domingo, 5 de junho de 2011

OBVIAMENTE. DEMITO-ME

OBVIAMENTE, DEMITO-ME


Sócrates lá apareceu
Com discurso programado
Dizendo o que aconteceu:
“O PS foi tramado”

Pôs algum povo a chorar
Pela sua demissão
Apoiantes a vibrar
Com a dor no coração

Actor perfeito e audaz
No ecrã da televisão
Conseguindo ser capaz
De agarrar a multidão

Tanto tempo de antena
Teve este demissionário
Que parecia ser apenas
O elo prioritário

Falou, falou e suou
Interrompido por palmas
E a mensagem lá deixou
Para suas amantes almas

Qual campanha eleitoral
Gabou-se ainda contente
De deixar em Portugal
O sufoco a tanta gente

Vou fazer as minhas “figas”
Não vá ele ainda surgir
Pela mão de almas amigas
De novo ao povo a mentir

Foi meu alvo preferido
De crítica tão feroz
Que por tempo indefinido
Calarei a minha voz

Tal como ele, demito-me,
Por um tempo ilimitado
E à poesia me dedico
De tom mais suavizado.

domingo, 1 de maio de 2011

Poetricando

POETRICANDO


COMECEI COLECCIONANDO
TODOS OS DITOS PERVERSOS
QUE FUI PLO TEMPO ANOTANDO
ASSIM EM JEITO DE VERSOS

DEI POR MIM A REPARAR
(TÓNICA ARREPIANTE)
CONSTANTEMENTE A FALAR
DE CERTO TIPO ARROGANTE

ERA SÓCRATES, POIS ENTÃO,
O MEU ALVO PREFERIDO
FIGURA DE ABERRAÇÃO
NUM PORTUGAL ESTARRECIDO

E DELE TANTO ESCREVERA
QUE ATÉ PERDERA A CONTA
POIS SEMPRE ME APETECERA
CONSIDERÁ-LO UMA AFRONTA

E NÃO É QUE ESTATÍSTICAS
O DÃO AINDA A “MEXER”?
NOTÍCIAS ASSAZ FATÍDICAS
QUE ME ESTÃO A ENTONTECER

FAZ-ME LEMBRAR O BONECO
QUE CAI, MAS SE PÕE DE PÉ
SE A NOTÍCIA TIVER ECO
NÃO SAI NEM A PONTAPÉ

OH, POVO ESQUISITO O NOSSO!
GOSTA DE FLAGELAÇÃO
NEM QUIETINHO LÁ NO FOSSO
FAZ ALGO PELA NAÇÃO

NEM HÁ UM RAIO QUE O PARTA
OU CASCA DUMA BANANA
ONDE ESCORREGUE, ESTOU FARTA,
DO SEU SORRISO SACANA

OH POVO DO MEU PAÍS
QUE NÃO ATA NEM DESATA
E NÃO CORTA PELA RAÍZ
A DOENÇA QUE NOS MATA

SE O FUTURO NOS PERTENCE
SE ALGO TEMOS QUE MUDAR
ESTA “GENTE” NÃO CONVENCE
E HÁ QUE PÔ-LA A ANDAR

ESTE PORTUGAL É NOSSO
TEM GENTE CAPAZ PRÓ LEME
EU CÁ LUTO COMO POSSO
PALAVRAS DE QUEM NÃO TEME

E SE O FADO PORTUGUÊS
TIVER ECO EM TODO O MUNDO
“PORTUGAL ERA UMA VEZ”
JAMAIS IRÁ PARA O FUNDO.

sábado, 16 de abril de 2011

QUE SEJA...

Que seja valioso o sacrifício
dum povo no limiar do fracasso
que traga a crise algum benefício
e o futuro esteja no encalço

Que seja a crise acto de contrição
dum povo alheado e indiferente
mas não deixe enxovalhar a Nação
dê as mãos,cerre os dentes,siga em frente

Que seja a nossa luta uma victória
escrevendo e honrando a nossa história
num tempo de suor e de peleja

Que seja o trabalho uma bandeira
hasteada orgulhosa à nossa beira
para que um mundo incrédulo a veja

QUE SEJA...

domingo, 10 de abril de 2011

INDIGNAÇÃO-RAIVA

INDIGNAÇÃO - RAIVA


Dinheiro é o que mais ordena
Neste país sofredor
De tão triste que faz pena
Por ser grande devedor

Como chegámos a isto
Perguntamos todos nós
O país está mal visto
Enrodilhado e com nós

Sabemos quem nos levou
Por um caminho maldito
Quem a esperança nos sacou
Deixando o povão aflito

E ainda se pavoneia
Entre os seus pares, o senhor,
Sempre agarrado à ideia
De ser ele o salvador

Oh, figura de opereta
Malabarista malquisto
Com tanto, tanto pateta,
À roda para ser visto

Vendeu-nos a um bom preço
A uma Europa arrogante
Somos agora adereço
De senhores com ar impante

E atrevem-se a dizer
Que somos LIXO, é demais!
Quando o mundo foi crescer
A partir dos nossos cais

Só se querem reciclar
Este país tão antigo
Pra mais valia lhes dar
Beleza, paz, povo amigo

Teremos que ser carneiros
Num mundo de lobos feito?
Teremos que ser ordeiros
Só para lhes fazer jeito?

Não podemos aceitar
Que ofendam a Nação
Temos que nos REVOLTAR
Quer eles queiram, quer não

Pois eles sabem quem fomos
Povo guerreiro e audaz
Vamos mostrar-lhes quem somos
E do que o povo é capaz

Todos juntos, de mão dada,
Portugal vamos salvar
Se for preciso “à marrada”
Contra figurões marchar, marchar